terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Até sempre...

Nós somos animais de hábitos. Habituamo-nos à presença, mais ou menos distante, das pessoas e é-nos difícil aceitar a sua falta.
Somos também animais sociais, mas alguns preferem viver independentemente afastados dos outros.
E outros partem como vivem, independentes, solitários e sozinhos… desumanamente sozinhos. Mas não sozinhos por imposição dos outros ou da vida. Sozinhos por opção própria. Não sei se por uma opção consciente... o mais provável é ser o resultado de uma vida inteira escondidos dentro de si próprios.
E a partida custa, custa sempre, mas custa ainda mais saber que ele partiu sem dividir connosco a sua dor. Custa saber que, mesmo que não pudesse-mos fazer mais nada para ajudar, poderíamos ter estado presentes. Custa saber que a última vez que o vi foi precisamente isso, a última. Custa saber que este Natal ele não vai estar aqui, connosco.
Obrigada… por tudo o que partilhou comigo… por me fazer rir ao resmungar com o meu pai… por ter ficado com a Luana… pelo bolo que me fez… pelos natais que passou connosco… por ter sido meu tio, mesmo sem o ser na realidade!
O homem dos rottweilers, que conseguia ser para os cães o que não era para as pessoas. E talvez, no fundo, tivesse razão…
Até sempre, tio Goinhas…

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Cães verdes…

Tenho uma linda APBT, resgatada de um destino “menos bom”, já há quase 4 anos. Esta cadela, quando tinha cerca de 1 ano, teve uma alergia na base da cauda, o que é normal dado que a raça é (segundo dizem) muito atreita a problemas de pele.
Um dia, vêm cá uns amigos do Pedro (arre, que ele só conhece gajos parvos) para conhecer a Lu e assim que um deles (o mais parvo) a vê sai-se com esta pérola, “eh pah, isso é muita chato, depois cai-lhes o rabo e quando volta a crescer… cresce todo torto”… é claro que eu me desmanchei a rir, pelo menos até olhar para ele e ver que o gajo estava mesmo a falar a sério!
Portanto, na mente daquele alucinado, não só a minha cadela é um híbrido entre um APBT e um lagarto, como também é um híbrido defeituoso, dado que a cauda ia nascer torta… eu bem que desconfiava, de cada vez que a via esparramada ao sol, que havia ali um apontamento de verde naquele pelo castanho!
Raio dos cães marcianos, só a enganarem o pessoal… ainda bem que o Pedro tem o Pica-Pau para nos elucidar… dores profundas!

Despertai…

Não, não vou falar da revista das testemunhas de Jeová, vou, isso sim, falar do Pedro (este blogue não era nada sem uma entrada dedicada a ele)…
Tudo começou comigo num carro, ao som dos Savage Garden, a ouvir um relato de toda uma vida (o gajo era um bocado chato… eu curei-o da chatice). Foi bonito, foi romântico e foi um enjoo do caraças. Este dia mudou a minha existência, neste momento posso contar a história da minha vida em duas fases: antes do Pedro e depois do Pedro!
Depois disto a minha vida ganhou cor, consistência, sentido, musicalidade e rosas, muitas rosas porque todos os namoros no inicio têm rosas… eu depois disse-lhe que preferia orquídeas!
E foi assim que tudo começou, não num cavalo branco, mas num Opel Vectra prateado, sem dragões, mas com os Savage Garden (o efeito é quase o mesmo)… e já lá vão quase 9 anos… eu sou uma santa!

sábado, 14 de novembro de 2009

Uma diferença de 10

Uma noite da semana passada, estava eu no meu zapping habitual (com o Pedro a ressonar-me aos ouvidos…) entre a SIC mulher e o VH1 quando me deparo com aquele grande programa que é o “Querido, mudei a casa”. Entre as péssimas interpretações da decoradora e as parvoíces para “encher chouriços” que eles agora têm, cria-se uma discussão, claramente espontânea, sobre a metragem da sala que iria ser decorada. A decoradora dizia que a sala teria 50m e um dos “queridos” principais, depois de medir a sala em passos, dizia que teria para cima de 70… ora, é neste momento que se chega um dos outros “fofinhos”, espontaneamente, a dizer que, com a máquina “rebeubeu” da bosch, que faz tudo menos pipocas, consegue dizer a metragem real da divisão. Ora, a sala tinha uns valentes 80 e qualquer coisa metros, é nesta altura que se vira a apresentadora e diz esta pérola “80 metros quadrados? Mas isso é uma diferença de cerca de 20 metros quadrados, como é que isso é possível?”… Isso também eu gostava de saber, como é que é possível que 80 menos 50 dê 20! É que isto é um verdadeiro fenómeno, uma mulher que não sabe fazer uma simples subtracção, estar á frente de um canal!
Quer-se dizer, está uma pessoa à espera para ver o “Talk Sex” (sim, porque é sempre giro ver um programa sobre sexo apresentado por uma respeitável senhora de 80 anos) com a avó Sue e leva com isto… tive pesadelos, ah pois claro que tive!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Corte a lazer...

O meu namorado/marido/qualquer coisa é responsável pelo departamento de corte a laser da empresa! O ano passado estiveram na Exponor... agora, eu pergunto: supõe-se que, numa feira tão grande, haja uma equipa de profissionais que saibam pelo menos escrever? Eu até nem sou picuinhas com a escrita, assumo que nem toda a gente saiba escrever "otorrinolaringologia" correctamente (nem que saibam o que é, tão pouco), agora o que eu não percebo é como ainda confundem "laser" com "lazer"! É que estamos a falar do pessoal que faz o lettering para a feira, não estamos a falar dos senhores das aldeias do interior profundo e ostracizado de Portugal!
Portanto, o meu caríssimo cunhado, assim que chegou à feira e se deparou com um maravilhoso "corte a lazer" ficou contentíssimo... e mais contente ainda fica o Pedro, quando recebe um orçamento, pedido por um digníssimo engenheiro, a dizer... o quê, o quê, o quê? Ah pois é… "corte a lazer" e "protecção lateral trazeira"!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Fundo preto, letras brancas…

O que me levou a escolher o preto como cor de fundo do meu blogue? Esta é a questão que está a tirar o sono a muita gente, não são raras as vezes em que sou abordada na rua por indivíduos que querem saber o que me levou a escolher esta cor. O motivo é simples: irritar as pessoas! É que, segundo o António, um grande senhor (ainda que idoso) da publicidade, ler informações sobre fundos pretos dificulta a leitura e cansa as pessoas! Ora, eu não estou aqui para deixar os outros confortáveis, se querem conforto comprem uma almofada ortopédica, “ah e tal, mas é um conforto visual”… ponham uns óculos escuros!
E assim escolhi o preto, a ausência de cor, para colorir este blogue (que já conta, sei lá, com uns 3 leitores assíduos… sendo que um deles sou eu)…

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Alucinar no local de trabalho

Outro dia, ao ir às compras a um supermercado, que eu não vou dizer qual é para não fazer publicidade gratuita, deparei-me com a parvoíce no seu estado mais puro...
Fui comprar lâmpadas, uma compra muito digna diga-se de passagem, e dirigi-me à única caixa disponível para efectuar o pagamento. Na caixa, à minha frente, estava um casal de velhotes. Depois de pagar as suas compras, o velhote resolve fazer uma pergunta ao moço da caixa:
- "Blábláblá” (houve um inicio de conversa do qual eu já não me lembro)... o que é que há lá em cima?
Resposta do moço da caixa:
- Lá em cima? Então lá em cima é onde há a paparoca, o pessoal vai lá e CHOP CHOP e passa a larica..."
Aqui eu pensei "pronto, com uma parvoíce deste calibre... vai ter que sobrar para mim"!
Os velhotes vão-se embora, com um ar assustado, e eu coloco as lâmpadas no tapete. O moço regista as compras, eu dou-lhe o cartão para pagar… até aqui tudo bem, começa mal quando ele olha para o cartão e diz "ah, tem de ter cuidado com este cartão..."! Eu, parvamente, pergunto "ah sim? porquê?"… resposta do outro "ah, porque tem a braguilha aberta (o meu cartão tem desenhado um fecho eclair meio aberto)... hehehehehe", e lá continuou a rir até eu me ir embora!
Foi uma experiencia aterradora…

domingo, 30 de agosto de 2009

Haja tomate…

Certa noite, ao ir dormir, deparei-me com a nova leitura de cabeceira do Pedro: um livro de receitas. Estava eu chocada com a escolha dele quando reparei no título (que introduzia toda uma variedade de receitas com tomate) “Haja tomate”! Pareceu-me uma óptima escolha para falar sobre os meus ódios gastronómicos (que é um assunto tão bom como outro qualquer). O Pedro no seu melhor, a dar-me a inspiração necessária para divagar sobre coisas que não interessam a ninguém.
Curgetes, quem é que não conhece aquele legume semelhante a um pepino (o que já é mau o suficiente), mas maior? Pois, eu também conheço e, infelizmente para mim, a mãe do Pedro também conhece e faz questão de nos presentear com belos exemplares (cada vez maiores e que em nada ficam a dever aos do Entroncamento) de curgetes que ela tem, orgulhosamente, no quintal. Detesto curgetes e é sempre um tormento dar sumiço aos que lá vão aparecendo…
Gengibre, essa… coisa! Provei uma vez um bocado disso, em conserva (era cor-de-rosa) e ia morrendo… aquilo sabe mal, tem um ligeiro picante e foi o suficiente para me dar vómitos de cada vez que sinto o cheiro de gengibre na comida! Não aconselho.
Eis aqui os meus grandes ódios gastronómicos, aquilo que me faz fugir a sete pés, o meu calcanhar de Aquiles (na cozinha), etc. e tal!

O Inicio, o meio e o fim…

Decidi que estava na hora de escrever. Escrever o quê? Tudo o que me passar pela cabeça.
Não sou grande fã de blogues (sou uma pessoa contraditória), mas recentemente (ontem), ao pesquisar sobre um livro que quero ler, mas que ainda não foi escrito (tenho uma bruxa dentro de mim), esbarrei num blogue de umas moçoilas que gostam de ler e pensei “olha que ideia tão boa”. Vai daí criei este blogue onde posso escrever tudo o que me vai na alma sem medo. Podia ter-me lançado na escrita de um livro, mas depois tinha que plantar uma árvore e ter um filho e isso dá muito trabalho (sou uma pessoa preguiçosa).
Depois de tomada a decisão, há que escolher um nome para o blogue. Pensei em várias hipóteses, mas sem dúvida que a escolha final foi a mais adequada. Quem é que sabe tudo? O Google! Quem é que sabe tudo o que interessa saber? O Goognel! Quem é o Goognel? É um senhor que tem orelhas coladas… e mais não digo!
E “prontus”, já arrumei o meu cantinho na grande toalha da vida, agora é só esperar que venha o sol…