quarta-feira, 13 de junho de 2012

Rentrée…


Depois de quase 2 anos afastada do meu blogue, para felicidade de muitos, resolvi voltar a escrever. Isto deve-se a um mail que recebi do meu caríssimo irmão António, que partilha comigo a fé no papo-seco, onde me questionava sobre os mais variados assuntos. Ora, estes assuntos brotaram em mim a vontade de escrever e vai daí resolvi desenterrar o goognel.

Eu sei que as rentrées são em Setembro, juntamente com a festa do avante, mas três meses é coisa que ninguém nota e como o blogue é meu, eu faço o que quiser!

E assim volto eu, uma mulher mais madura, diferente e com responsabilidades acrescidas, a um blogue que não interessa a ninguém… nem a mim, de outra forma não estaria tanto tempo sem aqui escrever!

domingo, 15 de agosto de 2010

Camas, cães, gatos e donos…

Dormir com animais pode ser uma experiência bastante gratificante se cada um dos ocupantes da cama souber qual é o seu lugar na dita. Mas isso não acontece, ao dono cabe sempre aquele espacinho (largueirão) à beira da cama e ao animal cabe todo o restante espaço.
Consoante vai avançando na idade, dormir com a Luana tem-se tornado uma tarefa bastante interessante. Já não acordamos a meio da noite com um “catrapum” da Luana a cair da cama (não acordou com a queda, mas ia partindo a tijoleira), já não saímos a meio da noite e vemos automaticamente o nosso lugar (com direito a cabeçorra em cima da almofada) ocupado por uma cadelinha oportunista… tudo isto é passado, a Luana finalmente (ao fim de 4 anos e meio) percebeu que o lugar dela na cama é aos pés dos donos, a dona não quer acordar e abraçar a cadelinha ao invés do dono (que, entretanto, foi expulso da cama e teve que ir dormir para o sofá). Ok, o dono não dá lambidelas de bom dia, mas tem muito menos baba e isso faz alguma diferença.
Ao contrário dos cães, os gatos não diminuem o espaço que ocupam na cama, pelo contrário, consoante vão avançando na idade tornam-se mais espaçosos… e incomodativos! Um exemplo disso é o Tico, para dormir com ele temos de adoptar uma posição obrigatória (deitados de lado a abraçar o gatinho e quietinhos) para o acolher no nosso leito, com o avançar da idade também aprendeu a resmungar de cada vez que nos mexemos. No entanto, há efectivamente gatos que levam à letra a frase “no meio está a virtude” e fazem do meio da cama dos donos (e não é aos pés) o sítio ideal para dormirem. Cá em casa dormimos sempre com 2 gatos, o Paco e a Lindinha. Estes dormem sempre no meio de nós e, na maior parte das vezes, em cima da roupa o que faz com que acordemos (à beira da cama, claro) destapados… e com frio! A acrescentar a isto, há o mau hábito que o Paco tem de se deitar em cima de mim, o que faz com que, para além de acordar destapada, acorde também com dores nas costas.
Se uma Pit bull incomoda muita gente, dois gatos incomodam, incomodam muito mais…

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A morte do Rei...


Outro dia, estava eu à procura de umas fotos antigas, deparei-me com uma sequencia de fotos de que eu já não me lembrava… a noite em que eu matei o rei, tam tam tam!
Ok, verdade seja dita que o rei não era propriamente um rei nem a morte foi real. Trata-se da queima de um livro (em Coimbra há a queima das fitas, por aqui há a queima do livro) da autoria de um tipo… inenarrável! Tive o desprazer de, a dada altura da minha vida, trabalhar com ele e, no natal de um ano qualquer, o querido lembrou-se de oferecer a cada colega um exemplar do seu livro (como não conseguiu vender, toca de despachar o stock). Eh pah, não me lixem, nem aquilo é um livro nem o gajo é um escritor. Ainda por cima de poesia, eu que detesto poesia (não tenho qualquer sensibilidade literária, lamento), ainda mais a poesia ranhosa destes novos pseudo-intelectuais para quem uma “Caixa de comprimidos” é um bom tema para dissertar. “Ai, vou procurar dentro de mim a verdade absoluta sobre a descoberta das coisa”… amigos, este tipo de frase não quer dizer absolutamente nada. Comprimidos? Só se for o Prozac que muita falta lhe fez…
Portanto o “livrinho”, que tinha menos páginas que um “borda d’água” e menos utilidade (a não ser que considerem de utilidade servir como calço de uma cadeira), teve o destino merecido: serviu de acendalha para a lareira.
E assim se foi o rei, pelo menos daqui de casa, que aquilo era livrinho para ganhar um camadão de pó e eu tenho alergia ao pó...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Até sempre...

Nós somos animais de hábitos. Habituamo-nos à presença, mais ou menos distante, das pessoas e é-nos difícil aceitar a sua falta.
Somos também animais sociais, mas alguns preferem viver independentemente afastados dos outros.
E outros partem como vivem, independentes, solitários e sozinhos… desumanamente sozinhos. Mas não sozinhos por imposição dos outros ou da vida. Sozinhos por opção própria. Não sei se por uma opção consciente... o mais provável é ser o resultado de uma vida inteira escondidos dentro de si próprios.
E a partida custa, custa sempre, mas custa ainda mais saber que ele partiu sem dividir connosco a sua dor. Custa saber que, mesmo que não pudesse-mos fazer mais nada para ajudar, poderíamos ter estado presentes. Custa saber que a última vez que o vi foi precisamente isso, a última. Custa saber que este Natal ele não vai estar aqui, connosco.
Obrigada… por tudo o que partilhou comigo… por me fazer rir ao resmungar com o meu pai… por ter ficado com a Luana… pelo bolo que me fez… pelos natais que passou connosco… por ter sido meu tio, mesmo sem o ser na realidade!
O homem dos rottweilers, que conseguia ser para os cães o que não era para as pessoas. E talvez, no fundo, tivesse razão…
Até sempre, tio Goinhas…

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Cães verdes…

Tenho uma linda APBT, resgatada de um destino “menos bom”, já há quase 4 anos. Esta cadela, quando tinha cerca de 1 ano, teve uma alergia na base da cauda, o que é normal dado que a raça é (segundo dizem) muito atreita a problemas de pele.
Um dia, vêm cá uns amigos do Pedro (arre, que ele só conhece gajos parvos) para conhecer a Lu e assim que um deles (o mais parvo) a vê sai-se com esta pérola, “eh pah, isso é muita chato, depois cai-lhes o rabo e quando volta a crescer… cresce todo torto”… é claro que eu me desmanchei a rir, pelo menos até olhar para ele e ver que o gajo estava mesmo a falar a sério!
Portanto, na mente daquele alucinado, não só a minha cadela é um híbrido entre um APBT e um lagarto, como também é um híbrido defeituoso, dado que a cauda ia nascer torta… eu bem que desconfiava, de cada vez que a via esparramada ao sol, que havia ali um apontamento de verde naquele pelo castanho!
Raio dos cães marcianos, só a enganarem o pessoal… ainda bem que o Pedro tem o Pica-Pau para nos elucidar… dores profundas!

Despertai…

Não, não vou falar da revista das testemunhas de Jeová, vou, isso sim, falar do Pedro (este blogue não era nada sem uma entrada dedicada a ele)…
Tudo começou comigo num carro, ao som dos Savage Garden, a ouvir um relato de toda uma vida (o gajo era um bocado chato… eu curei-o da chatice). Foi bonito, foi romântico e foi um enjoo do caraças. Este dia mudou a minha existência, neste momento posso contar a história da minha vida em duas fases: antes do Pedro e depois do Pedro!
Depois disto a minha vida ganhou cor, consistência, sentido, musicalidade e rosas, muitas rosas porque todos os namoros no inicio têm rosas… eu depois disse-lhe que preferia orquídeas!
E foi assim que tudo começou, não num cavalo branco, mas num Opel Vectra prateado, sem dragões, mas com os Savage Garden (o efeito é quase o mesmo)… e já lá vão quase 9 anos… eu sou uma santa!

sábado, 14 de novembro de 2009

Uma diferença de 10

Uma noite da semana passada, estava eu no meu zapping habitual (com o Pedro a ressonar-me aos ouvidos…) entre a SIC mulher e o VH1 quando me deparo com aquele grande programa que é o “Querido, mudei a casa”. Entre as péssimas interpretações da decoradora e as parvoíces para “encher chouriços” que eles agora têm, cria-se uma discussão, claramente espontânea, sobre a metragem da sala que iria ser decorada. A decoradora dizia que a sala teria 50m e um dos “queridos” principais, depois de medir a sala em passos, dizia que teria para cima de 70… ora, é neste momento que se chega um dos outros “fofinhos”, espontaneamente, a dizer que, com a máquina “rebeubeu” da bosch, que faz tudo menos pipocas, consegue dizer a metragem real da divisão. Ora, a sala tinha uns valentes 80 e qualquer coisa metros, é nesta altura que se vira a apresentadora e diz esta pérola “80 metros quadrados? Mas isso é uma diferença de cerca de 20 metros quadrados, como é que isso é possível?”… Isso também eu gostava de saber, como é que é possível que 80 menos 50 dê 20! É que isto é um verdadeiro fenómeno, uma mulher que não sabe fazer uma simples subtracção, estar á frente de um canal!
Quer-se dizer, está uma pessoa à espera para ver o “Talk Sex” (sim, porque é sempre giro ver um programa sobre sexo apresentado por uma respeitável senhora de 80 anos) com a avó Sue e leva com isto… tive pesadelos, ah pois claro que tive!