terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Até sempre...

Nós somos animais de hábitos. Habituamo-nos à presença, mais ou menos distante, das pessoas e é-nos difícil aceitar a sua falta.
Somos também animais sociais, mas alguns preferem viver independentemente afastados dos outros.
E outros partem como vivem, independentes, solitários e sozinhos… desumanamente sozinhos. Mas não sozinhos por imposição dos outros ou da vida. Sozinhos por opção própria. Não sei se por uma opção consciente... o mais provável é ser o resultado de uma vida inteira escondidos dentro de si próprios.
E a partida custa, custa sempre, mas custa ainda mais saber que ele partiu sem dividir connosco a sua dor. Custa saber que, mesmo que não pudesse-mos fazer mais nada para ajudar, poderíamos ter estado presentes. Custa saber que a última vez que o vi foi precisamente isso, a última. Custa saber que este Natal ele não vai estar aqui, connosco.
Obrigada… por tudo o que partilhou comigo… por me fazer rir ao resmungar com o meu pai… por ter ficado com a Luana… pelo bolo que me fez… pelos natais que passou connosco… por ter sido meu tio, mesmo sem o ser na realidade!
O homem dos rottweilers, que conseguia ser para os cães o que não era para as pessoas. E talvez, no fundo, tivesse razão…
Até sempre, tio Goinhas…

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