domingo, 15 de agosto de 2010

Camas, cães, gatos e donos…

Dormir com animais pode ser uma experiência bastante gratificante se cada um dos ocupantes da cama souber qual é o seu lugar na dita. Mas isso não acontece, ao dono cabe sempre aquele espacinho (largueirão) à beira da cama e ao animal cabe todo o restante espaço.
Consoante vai avançando na idade, dormir com a Luana tem-se tornado uma tarefa bastante interessante. Já não acordamos a meio da noite com um “catrapum” da Luana a cair da cama (não acordou com a queda, mas ia partindo a tijoleira), já não saímos a meio da noite e vemos automaticamente o nosso lugar (com direito a cabeçorra em cima da almofada) ocupado por uma cadelinha oportunista… tudo isto é passado, a Luana finalmente (ao fim de 4 anos e meio) percebeu que o lugar dela na cama é aos pés dos donos, a dona não quer acordar e abraçar a cadelinha ao invés do dono (que, entretanto, foi expulso da cama e teve que ir dormir para o sofá). Ok, o dono não dá lambidelas de bom dia, mas tem muito menos baba e isso faz alguma diferença.
Ao contrário dos cães, os gatos não diminuem o espaço que ocupam na cama, pelo contrário, consoante vão avançando na idade tornam-se mais espaçosos… e incomodativos! Um exemplo disso é o Tico, para dormir com ele temos de adoptar uma posição obrigatória (deitados de lado a abraçar o gatinho e quietinhos) para o acolher no nosso leito, com o avançar da idade também aprendeu a resmungar de cada vez que nos mexemos. No entanto, há efectivamente gatos que levam à letra a frase “no meio está a virtude” e fazem do meio da cama dos donos (e não é aos pés) o sítio ideal para dormirem. Cá em casa dormimos sempre com 2 gatos, o Paco e a Lindinha. Estes dormem sempre no meio de nós e, na maior parte das vezes, em cima da roupa o que faz com que acordemos (à beira da cama, claro) destapados… e com frio! A acrescentar a isto, há o mau hábito que o Paco tem de se deitar em cima de mim, o que faz com que, para além de acordar destapada, acorde também com dores nas costas.
Se uma Pit bull incomoda muita gente, dois gatos incomodam, incomodam muito mais…

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A morte do Rei...


Outro dia, estava eu à procura de umas fotos antigas, deparei-me com uma sequencia de fotos de que eu já não me lembrava… a noite em que eu matei o rei, tam tam tam!
Ok, verdade seja dita que o rei não era propriamente um rei nem a morte foi real. Trata-se da queima de um livro (em Coimbra há a queima das fitas, por aqui há a queima do livro) da autoria de um tipo… inenarrável! Tive o desprazer de, a dada altura da minha vida, trabalhar com ele e, no natal de um ano qualquer, o querido lembrou-se de oferecer a cada colega um exemplar do seu livro (como não conseguiu vender, toca de despachar o stock). Eh pah, não me lixem, nem aquilo é um livro nem o gajo é um escritor. Ainda por cima de poesia, eu que detesto poesia (não tenho qualquer sensibilidade literária, lamento), ainda mais a poesia ranhosa destes novos pseudo-intelectuais para quem uma “Caixa de comprimidos” é um bom tema para dissertar. “Ai, vou procurar dentro de mim a verdade absoluta sobre a descoberta das coisa”… amigos, este tipo de frase não quer dizer absolutamente nada. Comprimidos? Só se for o Prozac que muita falta lhe fez…
Portanto o “livrinho”, que tinha menos páginas que um “borda d’água” e menos utilidade (a não ser que considerem de utilidade servir como calço de uma cadeira), teve o destino merecido: serviu de acendalha para a lareira.
E assim se foi o rei, pelo menos daqui de casa, que aquilo era livrinho para ganhar um camadão de pó e eu tenho alergia ao pó...